Sou Engenheira!


Pois é, parece que já se passaram 3 anos desde que aquela menina assustada por ir para uma cidade onde não conhecia ninguém, separada da família por um oceano, entrou naquela que certamente é uma das etapas mais marcantes da sua vida.
Eu sei que este é o típico clichê dito sempre que alguém conclui uma etapa, mas é verdade: estes 3 anos passaram a voar.

Com medo, mas cheia de esperança, entrei no IST em Engenharia Informática e de Computadores.

Não foi um percurso fácil, de todo, mas foi um percurso bonito e que guardarei para sempre com muito carinho. Muitos altos, muitos baixos, noites mal dormidas, noites não dormidas, choros sem fim por me sentir incapaz de fazer algo. A verdade é que acabei por conseguir sempre ultrapassar as adversidades e o que retiro deste percurso é não só conhecimento, mas também momentos e amizades que ficarão para a vida.

Felizmente, este não é ainda um percurso completamente terminado, uma vez que farei mestrado (e, quem sabe, doutoramento). Ou até mesmo tentar a minha sorte com outras áreas. O futuro é, neste momento, um livro aberto (algo simultaneamente assustador e libertador).

É engraçado olhar para trás e pensar nas minhas expectativas quando entrei na faculdade, de como as coisas nunca correm como esperado.

Saí da ilha com poucas amizades, tinha como esperança conhecer pessoas novas e criar bons laços de amizade. Foi algo que aconteceu, sem dúvida, tenho amigos que certamente serão para a vida.

Por outro lado, se pensava que o facto de viver sozinha me ia de alguma forma fazer aprender a cozinhar, não podia estar mais enganada (aprendi a cozer esparguete e a fazer puré instantâneo, se isso contar como cozinhar).

A nível das relações amorosas, as coisas também não correram, de todo, como eu esperava. A minha relação de longa data acabou por não sobreviver ao primeiro ano. Mas, num curso com 140 rapazes e apenas 30 raparigas, não podia ser assim tão difícil conhecer alguém com quem me identificasse e entrasse numa relação, certo? Errado. Seguiram-se 2 anos de desilusões amorosas.

No entanto, nem tudo foram desilusões, também aconteceram coisas incríveis que não tinha planeado. 4 anos depois de ter desistido de tocar piano, com o incentivo dos meus amigos, consegui voltar a fazer algo que nem sabia que era tão importante para mim.

Foram anos de muito crescimento. Certamente não sou a mesma pessoa que há cerca de 3 anos entrou no IST, de mãos dadas com o pai, a chorar. Agradeço apenas por tudo e aceito de braços abertos os próximos 2 anos (no mínimo) de crescimento.

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