O Amor Vence Tudo, Mas o Tempo...

Estava eu no outro dia a dar scroll pelo Twitter quando me deparo com uma pintura que, agora, é uma das minhas pinturas favoritas e que ganhou um imediato vasto significado para mim: Cronos corta as asas do Cupido, de Pierre Mignard.
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Nela podemos ver, entre outros elementos, duas figuras humanas. Essas figuras humanas são Deuses: Cronos, Deus do Tempo (com a sua ampulheta e foice a seus pés), e Cupido, Deus do Amor, filho de Vénus (com as suas flechas pousadas no chão).
É possível observar que Cronos, musculoso e forte, segura o Cupido como se fosse uma criança mal comportada.
Cronos está, forte mas cuidadosamente, a segurar o Cupido e a cortar as suas asas.
À primeira vista pode parecer que o tempo está a matar o amor. Mas, com um olhar mais atento, podemos verificar que ele não o está a ferir ou a matar, está a molda-lo. As suas flechas não estão partidas, estão cuidadosamente colocadas no chão para que possam ser futuramente utilizadas.
Cronos corta as asas do Cupido com o intuito deste ser mais realista, ter os pés mais assentes em terra.
Tal como neste quadro, na vida o amor é moldado pelo o tempo. O amor é marcado pelo passar do tempo, pelas vivências, torna-se mais cuidadoso, mais realista... mas não morre.

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